RIO — A Polícia Civil informou ter apreendido, durante a operação com 25 mortos no Jacarezinho, nesta quinta-feira, um relatório com detalhes sobre a ação. Segundo a corporação, o documento, que levava o timbre do Ministério Público do Rio (MP-RJ), foi encontrado dentro de uma casa onde cinco suspeitos foram baleados e não resistiram. O local funcionava, de acordo com as investigações, como um esconderijo para chefes do tráfico de drogas que atuam na comunidade. A informação sobre os documentos apreendidos foi publicada primeiramente pelo portal "Metrópoles" e confirmada pelo GLOBO.
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O material encontrado dentro da casa pode indicar, na avaliação da polícia, um possível vazamento de informações sobre a operação, que se tornou a mais letal da História do estado do Rio. Entre os 25 mortos, está um policial civil lotado na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), que foi baleado na cabeça. Procurado pelo GLOBO, o MP-RJ ainda não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.
O desfecho da operação rendeu questionamentos por parte de especialistas e alertas de entidades ligadas aos direitos humanos. Ex-secretário nacional de Segurança Pública, o coronel reformado da PM José Vicente da Silva Filho criticou o planejamento e disse que não foram levados em consideração o potencial de reação dos bandidos e a segurança da população.
— Não importa que (os mortos) sejam bandidos ou não. Nesse caso, morreu um policial. É uma operação mal planejada. Nunca vi em nenhum lugar uma operação com tamanha quantidade de mortos; me parece uma operação lá no Afeganistão — afirmou o coronel.
Com Informações do o Globo.