Mesmo com a conturbada e apertada aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios pela Câmara dos Deputados na madrugada da última quinta-feira (4), e a previsão de dificuldades no Senado, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos-BA) acredita que a PEC, principal alternativa do governo federal para viabilizar o pagamento de R$ 400 para os beneficiários do Auxílio Brasil – programa que substituiu o Bolsa Família -, será promulgada pelo Congresso.
Em entrevista para o Bahia Notícias, Roma garantiu que mesmo com a incerteza referente a aprovação da proposta, o valor de R$ 400 começará a ser pago em dezembro. Ainda sobre o Auxílio Brasil, o ministro adiantou que a recente mudança da faixa de extrema pobreza deve incluir cerca de 3 milhões beneficiários no novo programa social do governo.
Já sobre política, Roma lamentou a posição do governador Rui Costa (PT) que foi uma das vozes mais efusivas contra a PEC. Além disso, Roma defendeu os deputados baianos que votaram a favor da medida, a quem Rui chamou de “traíras” e ainda revelou um bastidor curioso da véspera da votação do projeto da Câmara.
“Eu estava numa reunião na casa do presidente da Câmara Arthur Lira, quando ocorreu um telefonema dele [Rui] para o líder do PSD, Antônio Britto, que inclusive passou o telefonema para o relator da matéria, o deputado Hugo Motta. Estava presente também o deputado Cacá Leão. Na sequência, como se desconhecendo o que havia sido acordado, o governador descumpre a postura que tinha adotado mais cedo, tenta boicotar a votação da PEC e para completar, em um sinal de total aspereza política e falta de espírito democrático com os seus próprios aliados, trata desta maneira muitos daqueles que estão ajudando o seu próprio governo”, disse.
Quando questionado sobre a disputa ao governo do estado em 2022, Roma não cravou uma data para o anúncio da sua pré-candidatura, mas disse que as tratativas com o seu partido estão acontecendo e devem ser concluídas em dezembro.
Ainda sobre o próximo pleito, o republicano acha difícil, porém não descartou por completo uma reaproximação com o seu padrinho político, ACM Neto (DEM). “Primeiro é preciso saber se ele aceita compor palanque com o presidente Bolsonaro”, pontuou.
Com Informações Bahia Notícias