Marcada pelo espírito acadêmico e pela emoção de todos os participantes, a solenidade comemorativa alusiva ao Bicentenário da Independência do Brasil, em Brasília, na noite desta última sexta-feira (09/09), reuniu autoridades civis e militares, escritores, jornalistas, pensadores, poetas e personalidades do mundo cultural e da história. O evento foi promovido pela FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e pela Secretaria Especial da Cultura do Brasil, com apoio do MRE - Ministério das Relações Exteriores do Brasil, da CONAF - Confederação Nacional da Agricultura Familiar do Brasil e Banco Brasil Solidário.
A solenidade de premiação foi realizada para celebrar os 200 anos da Independência do Brasil e os 100 anos da 1ª Semana de Arte Moderna de São Paulo e o objetivo foi homenagear 200 brasileiros envolvidos com a literatura e com a história, que tenham se destacado por suas ações meritórias e de inestimável valor, aqueles que lutam pela defesa da Pátria e por um civilizado Brasil. As referidas homenagens foram concedidas a 200 personalidades civis e militares de todo o país. O escritor e jornalista Athylla Borborema, atual presidente da ATL – Academia Teixeirense de Letras, foi um dos 9 baianos homenageados com seis prêmios de reconhecimento público.
Athylla Borborema recebeu a Medalha Comemorativa Alusiva ao Bicentenário da Independência do Brasil; foi homenageado com o Prato Dourado, troféu alusivo ao Bicentenário da Independência do Brasil e ainda foi outorgado com a Comenda Brava Gente Brasileira – Homenagem ao Povo Brasileiro, também em tributo aos 200 anos da Independência do Brasil.
“O momento foi inesquecível e muito importante para a nossa literatura, foi simplesmente um momento fantástico. O jornalista é um operador da notícia, o escritor é um sonhador das palavras e quando publicamos um livro, é um filho que nasce e nunca sabemos que destino ele vai tomar, mas, além disso, nunca esperamos consideração. Mas quando este reconhecimento chega, nos parece ter a certeza que demos o nosso melhor. Somente posso dizer: A nossa eterna gratidão a todos os brasileiros e que Deus continue nos dando saúde e sabedoria”, congratulou Borborema.
1500
De 02 a 10 de julho de 2022, Athylla Borborema lançou na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a sua nova obra “1500 – O Brasil a partir da Foz do Rio Cahy”, livro que resgata a história do descobrimento do Brasil. O valor histórico e literário da Carta de Pero Vaz de Caminha sobre nossas origens é o topo do tema do livro de Athylla Borborema. O autor trabalhou minuciosamente durante 22 anos para concluir a obra, uma ideia que lhe movia desde a adolescência.
“Por muito tempo, nossa História foi contada sob a economia de nomes, datas, alcances e locais e, esta obra, que pretende ser relevante para os brasileiros no resgate da historiografia do país, celebra o grande valor histórico da região litorânea do extremo sul da Bahia, onde se deu o primeiro contato da tripulação de Pedro Álvares Cabral com os indígenas brasileiros ao cair da tarde daquela quarta-feira do dia 22 de abril de 1500”, ressalta Athylla Borborema.
A importância do livro “1500” e da literatura do autor, também foi reconhecida no evento cívico comemorativo, em Brasília, com a outorga do Certificado de Honra ao Mérito alusivo ao centenário da 1ª Semana de Arte Moderna de São Paulo, Certificado de Honra ao Mérito em tributo à memória de sua majestade imperial Dom Pedro-I e o Título de Chanceler da Cultura Nacional.
A literatura do autor
Athylla Borborema é um jornalista, radialista, publicitário, escritor brasileiro, roteirista e um documentarista contador de histórias, com mais 100 curtas e três longas na trajetória, nascido no balneário de Cumuruxatiba, no litoral norte do município de Prado/Bahia. Mestre e doutor em jornalismo científico e com mais de 30 livros publicados, Athylla Borborema desde muito cedo demonstrou inclinação para as artes e é hoje considerado um dos autores mais inovadores e originais de seu tempo, outorgado 4 vezes com o título Doutor Honoris Causa por Universidades Públicas Brasileiras, Ministério das Relações Exteriores e pela Organização das Nações Unidas.
A trajetória do autor começa no Rádio
Aos 19 anos, ainda como estudante de jornalismo da UFBA - Universidade Federal da Bahia, comandou perigosos movimentos públicos na busca por prisões e condenações de quadrilhas e políticos que calavam a bala profissionais de imprensa no pleno exercício da profissão no Estado e, por 15 anos militou no SINJORBA - Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia. Aos 22 anos de idade, em 1993, publica o seu primeiro livro “Amor à Paz”.
E, no ano seguinte, em 1994, lança seu primeiro literato policial “Tiro e Dor em Silêncio” e é ainda autor de “Infância Violentada” livro reportagem de 1997 que reúne uma série de crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes no nordeste do Brasil. Aliás, Athylla Borborema começou sua carreira como repórter policial e passou pelas mais importantes emissoras de radiodifusão de Salvador e do extremo sul baiano.
Ao longo de três décadas atuando no rádio da Bahia, além das suas histórias cômicas e as fascinantes histórias contadas em forma de novelinhas, um dos seus jargões mais populares, é naturalmente: “E sua vida agora rapaisss...!”, uma das frases mais conhecidas do Estado quando se trata de jornalismo policial e que Borborema lançava no estilo “malanduria” da cultura carioca sempre no encerramento de uma entrevista com um marginal que havia sido preso pela polícia pela prática de qualquer barbaridade no mundo do crime, cujo jargão carioquês, é até hoje muito bem lembrado e repetido por baianos, capixabas e mineiros. A sua vinheta mais adorável que também ficou bastante popular quando se referia ao seu populismo no rádio, foi a versada: “Líder do ibope e rei da comunicação, Athylla Borborema o maior amor da região”.
Por Ezequias Alves/TVFF