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Em noite de gala coletiva, Galo aplica 4 a 0 no Fortaleza e dá passo importantíssimo rumo à decisão; Simbiose entre time e arquibancada foi fundamental

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Publicada em 21/10/21 às 09:40h - 566 visualizações

Por Marcelo Cardoso — Belo Horizonte-GE


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Em noite de gala coletiva, Galo aplica 4 a 0 no Fortaleza e dá passo importantíssimo rumo à decisão; Simbiose entre time e arquibancada foi fundamental
 (Foto: TV FF )
Fantástico, apoteótico, avassalador, brilhante... Como encontrar uma palavra capaz de definir uma noite como essa de quarta-feira? Como descrever o gol de Guilherme Arana? E a jogada do tento anotado por Hulk? Que tal a bola emendada por Zaracho? Diante do (bom) Fortaleza, o Atlético-MG viveu nesse 20 de outubro uma noite de apresentação memorável, irretocável. Um 4 a 0 para ficar eternizado em uma temporada que tem tudo para marcar a história do clube.

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O torcedor que iniciou o jogo berrando um dos gritos símbolos do time não tinha ideia de que os atletas colocariam em prática de forma tão avassaladora e fiel o cântico das arquibancadas. Insaciável, o Galo esteve em cima do Leão o jogo todo, e não parou nem mesmo quando já vencia por 4 a 0.


"Um jogo gostoso de se jogar, de trabalhar. Acho que a gente foi feliz, né? O adversário é muito qualificado, mas nós tivemos uma noite muito inspirada" (Cuca)

E olha que a primeira chance do jogo foi do Fortaleza. Com menos de um minuto de jogo, Felipe assustou em um chute da entrada da área. Lance suficiente para acender as arquibancadas e o Galo em campo. Depois do susto, veio a avalanche.

Aos 11, Réver acertou um lançamento maravilhoso para Zaracho obrigar Felipe Alves a fazer linda defesa. No escanteio, Crispim tirou em cima da linha a cabeçada certeira de Keno.

O Fortaleza ia suportando como dava, mas aos 18 minutos, quando Guilherme Arana acertou um balaço de raríssima felicidade, não houve o que fazer. Uma pintura maravilhosa, digna de aplausos de Cuca, da torcida e dos próprios companheiros. Carregado pelos colegas de time.

À frente do placar, as arquibancadas se empolgaram ainda mais. O grito cresceu, e o time respondeu dentro das quatro linhas. Aos 25, após cobrança de escanteio na medida de Keno, Réver desviou pro gol para fazer o segundo. Um gol símbolo, de um ídolo do clube, na noite em que ele completou 300 jogos com a camisa alvinegra. Ovacionado.


Dois gols de diferença já seria uma vantagem a ser comemorada, mas em uma noite de gala, Galo e torcida queriam mais. E o terceiro foi uma verdadeira obra-prima coletiva, que começou em uma meia-lua maravilhosa de Keno em Titi, contou com assistência na medida de Zaracho e uma cabeçada certeira do protagonista do time.

Na noite em que inaugurou seu novo penteado, agora quase careca, Hulk usou a cabeça para ampliar os números de uma temporada mágica. Artilheiro da Copa do Brasil, do Mineirão e do Galo. Ídolo.


Nem o 3 a 0 no placar e o intervalo diminuíram o ímpeto alvinegro. Assim que o árbitro apitou o reinício da partida, já se ouvia em alto e bom som o grito magistral da noite. "Vai pra cima deles, Galo!". Foi, e com pouco mais de um minuto do 2º tempo, um gol que mostra que, quando a confiança está em dia, tudo dá certo.

Em qualquer outra noite, a bola que sobrou para Zaracho após a cobrança de falta de Arana teria como destino a própria arquibancada, ou nem seria finalizada. Mas foi, e de cobertura, sem chance alguma para Felipe Alves. Outro golaço no Mineirão.


Noite mágica

O Fortaleza veio a Belo Horizonte jogar de igual para igual com o líder do Campeonato Brasileiro, e saiu completamente grogue. Não dá nem para dizer que foi uma atuação ruim do time cearense. Dá sim para cravar que foi uma noite magistral do Galo.

Um show coletivo, a ponto de ser injusto destacar individualidades. Everson, Guga, Réver, Alonso, Arana, Allan, Jair, Zaracho, Nacho, Keno e Hulk. Do 1 ao 11 (uns mais, outros ligeiramente menos), todos merecem elogios pelo desempenho.


Em toda a temporada, talvez só a atuação diante do River Plate, no 3 a 0 de volta das quartas de final da Libertadores, tenha tido nível semelhante. Uma avalanche insaciável, que coloca o time com um pé e meio na final da Copa do Brasil. A classificação ainda não está garantida, mas para lá de encaminhada.

Que torcida e jogadores guardem bem na memória a atuação brilhante desse mágico 20 de outubro. Com esse ímpeto, essa força, esse nível de concentração e fome de jogar bola, o Galo, sem soberba, é imparável. O ponto é: quantas noites mágicas se é possível ter em tão pouco tempo?






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