A Justiça Eleitoral da Bahia suspendeu a divulgação de uma pesquisa eleitoral realizada pela empresa Quaest em Teixeira de Freitas, após questionamentos feitos pela Coligação “Teixeira Pode Muito Mais”. A coligação apontou falhas na metodologia, como a falta de informações claras sobre os bairros pesquisados e fontes de financiamento. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) acatou a denúncia, afirmando que as irregularidades poderiam comprometer a transparência e o equilíbrio da disputa eleitoral. A empresa tem 10 dias para se manifestar, e a decisão se mantém até o julgamento final do caso.
Denúncia e Argumentos
A Coligação “Teixeira Pode Muito Mais” foi responsável pela denúncia que levou à suspensão da pesquisa. Os advogados da coligação argumentaram que o registro da pesquisa apresentava inconsistências, especialmente no que se refere à descrição detalhada das áreas onde o levantamento foi realizado. Além disso, a ausência de informações precisas sobre as fontes de financiamento gerou desconfiança quanto à imparcialidade dos dados.
Impacto na Disputa Eleitoral
A suspensão traz um novo elemento ao cenário eleitoral de Teixeira de Freitas, onde a pesquisa serviria para medir o desempenho dos candidatos na corrida pela prefeitura e influenciar o debate público. Com a suspensão, as partes envolvidas aguardam a decisão final, que poderá ou não liberar a divulgação dos números coletados.
Resposta da Empresa
A Quaest, empresa responsável pela realização da pesquisa, foi notificada e tem um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa. A decisão judicial se baseia no princípio de que qualquer pesquisa eleitoral deve ser conduzida de forma clara e imparcial, com todos os dados disponibilizados para a Justiça Eleitoral, para evitar que possíveis erros ou fraudes prejudiquem a lisura do processo.
Conclusão
A pesquisa eleitoral permanece suspensa até que o Tribunal Regional Eleitoral julgue os argumentos apresentados pela coligação e pela empresa Quaest. Enquanto isso, o cenário político de Teixeira de Freitas segue em aberto, com os candidatos aguardando o desenrolar do caso para saber se poderão utilizar os resultados da pesquisa em suas campanhas.
Divulgar Pesquisa Irregular é Crime e Pode Gerar Multa
A Justiça Eleitoral considera crime a divulgação de pesquisas eleitorais suspensas ou irregulares, e aqueles que compartilharem ou publicarem esses dados podem ser penalizados com pesadas multas. A legislação estabelece valores que variam entre R$ 53 mil e R$ 106 mil para quem divulgar essas pesquisas, seja por meio de veículos de comunicação tradicionais ou até mesmo em redes sociais. Essa medida visa garantir que apenas informações confiáveis e devidamente registradas influenciem o processo eleitoral de maneira justa e transparente.
Por Leonardo Brito/Teixeira de Freitas