Em meio a uma disputa de interesses políticos e jogos de poder, os servidores públicos, professores, pais e alunos da rede municipal de Mucuri mostraram sua força ao resistir às pressões de líderes sindicais e garantir o funcionamento normal das escolas. Ficou evidente que o Sindiservim, sob o pretexto de representar os trabalhadores, agia na verdade com uma agenda político-partidária.
No entanto, é importante expressar solidariedade àqueles que foram enganados e acabaram aderindo à paralisação, acreditando em uma causa legítima para a classe. Em momentos como esse, é crucial olhar além das aparências para evitar ser manipulado como massa de manobra em jogos de poder.
Com o passar do tempo, a verdade se revela: a prudência supera o terrorismo. Apesar das tentativas de assédio aos alunos e suas famílias, as escolas funcionaram em sua capacidade total, e o número de estudantes presentes em sala de aula aumentou consideravelmente no segundo dia de paralisação, consolidando o fracasso final desse movimento nefasto conduzido pelo Sindiservim.
Ata da Reunião Negocial, realizada em 14 de março de 2023
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Durante a paralisação imposta pelo Sindiservim no dia 17 de maio, as instituições educacionais operaram com plena capacidade, e o percentual de alunos presentes em sala de aula, que já era expressivo no primeiro dia, teve um aumento considerável, subindo de 67,6% para 78,4%. O funcionamento parcial aumentou de 16,7% para 19,4%, enquanto a funcionalidade com baixo índice de eficiência operacional ficou em 2,2%.
A média geral de presença dos alunos nas escolas aumentou de 72,1% para 83,7%, superando até mesmo a média geral em dias letivos normais. Apesar das tentativas de assédio por parte dos líderes sindicais, o crime praticado e a afronta à educação municipal não tiveram sucesso.
O que prevaleceu foi a decisão acertada dos alunos, pais e do governo municipal em manter as escolas em pleno funcionamento, garantindo a continuidade das aulas e do fornecimento da merenda escolar. É fundamental que a sociedade esteja atenta e questione as reais intenções por trás desses movimentos que se disfarçam de sindicais e de defesa dos direitos da classe, evitando que o futuro da educação e do serviço público seja comprometido por interesses políticos obscuros.
É importante compreender que os servidores que aderiram à paralisação proposta pelo Sindiservim foram vítimas de manipulação. Atraídos por promessas de defesa de seus direitos, acabaram sendo utilizados como massa de manobra para interesses político-partidários disfarçados de luta sindical. A atitude dos professores, servidores e comunidade educacional em manter as escolas em pleno funcionamento, mesmo diante da tentativa de paralisação do Sindiservim, mostra o comprometimento e a priorização do ensino e aprendizado dos estudantes.
Neste momento em que o debate sobre a qualidade da educação e o papel dos sindicatos ganha relevância, é fundamental valorizar a autonomia das instituições e o direito dos alunos de terem acesso à educação de qualidade. A resistência demonstrada em Mucuri evidencia que é possível conciliar reivindicações legítimas dos trabalhadores com a continuidade das atividades escolares.
É importante ressaltar que a educação é um pilar fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade e que sua interrupção, mesmo que temporária, pode ter consequências negativas para os estudantes. A postura dos profissionais da educação em Mucuri, ao garantir o pleno funcionamento das escolas, demonstra um compromisso inabalável com o aprendizado e bem-estar dos alunos.
Espera-se que essa experiência inspire outras regiões do Brasil a colocarem o valor da educação acima de qualquer disputa política ou partidária. É necessário promover o diálogo construtivo entre os sindicatos, os profissionais da educação e os gestores, visando encontrar soluções que atendam às demandas dos trabalhadores, sem comprometer o direito à educação das crianças e jovens.
A resistência dos servidores e da comunidade educacional de Mucuri é um exemplo de união e comprometimento, mostrando que é possível superar divergências e focar no objetivo maior: o desenvolvimento integral dos estudantes. O futuro do país depende de uma educação de qualidade, e é responsabilidade de todos zelar por esse direito fundamental, colocando-o acima de qualquer interesse partidário ou político.
Por Ezequias Alves/Mucuri