É com repulsa e indignação que nos vemos obrigados a abordar a mais recente afronta à ética e ao bom senso por parte do prefeito Zico de Baiato. Em um momento em que a população de Alcobaça sofre com escândalos de corrupção em diversas esferas da administração municipal, o anúncio da contratação do cantor Léo Santana para um show milionário na cidade é um insulto direto à inteligência e aos direitos dos cidadãos.
Enquanto os habitantes de Alcobaça lidam com a vergonha de ver recursos públicos desviados para interesses pessoais e obscurecidos por uma teia de corrupção, o prefeito parece não apenas ignorar, mas também menosprezar suas preocupações ao promover um espetáculo de entretenimento caríssimo.
Esse ato é uma bofetada na face de cada contribuinte, cujos impostos deveriam ser investidos de forma responsável e transparente em benefício da comunidade. Além disso, a escolha de um artista para um evento de tal magnitude demonstra uma total falta de sensibilidade para com as necessidades reais da população.
Enquanto escolas carecem de recursos básicos, o hospital municipal e postos de saúde enfrentam deficiências estruturais e o transporte escolar é alvo de investigações por irregularidades vergonhosas, o prefeito Zico de Baiato prefere despejar dinheiro público em um show extravagante.
A contratação de Léo Santana não é apenas uma extravagância desnecessária, mas também um sintoma alarmante da desconexão entre os governantes e os governados. Em vez de enfrentar os desafios reais que afligem Alcobaça, o prefeito opta por distrair a população com um espetáculo passageiro, enquanto os problemas fundamentais são deixados de lado.
Exigimos que o prefeito Zico de Baiato preste contas à população de Alcobaça. Chegou o momento de priorizar a honestidade, a transparência e o compromisso com o bem-estar da comunidade em detrimento de interesses pessoais e políticos.
A população de Alcobaça merece respeito, dignidade e uma gestão pública que esteja verdadeiramente ao seu serviço. O show milionário pode até ocorrer, mas será sempre lembrado como um símbolo da irresponsabilidade e da falta de empatia daqueles que deveriam zelar pelo bem comum.
Ezequias Alves-Jornalista (Diretor Regional do Sindicato dos Jornalista Profissonais da Bahia-SINJORBA)